Ética jornalística ou a falta dela
Quando se
pensa em Queima do Porto pensa-se em exagero, em muita gente (a maioria
alcoolizada), em concertos e em muita confusão. Bem, não é só na do Porto mas é
esta que interessa para esta crónica. Pois bem, nesta última edição da Queima
das Fitas do Porto, uma rapariga embriagada foi abusada por um rapaz também
embriagado, num autocarro cheio de pessoas que se limitaram a filmar.
O Correio da
Manhã é conhecido pelas notícias pouco fiáveis, pelos erros ortográficos, ou pela ironia nos seus rodapés e agora também pela visível e lancinante falta de sensibilidade.
Eu teria vergonha se trabalhasse num jornal/canal televisivo tão medíocre e, enquanto apresentasse esta notícia, tivesse de mostrar o vídeo da jovem a ser abusada. Não podemos atribuir total culpa à jornalista pois está apenas a fazer
o seu trabalho, aliás, grande parte da culpa é do
próprio jornal que, supostamente, comprou o vídeo, o transmitiu e o publicou.
Estes
acontecimentos só me fazem perguntar onde está a ética jornalística destas
empresas e pessoas, que são capazes de expor alguém assim. Talvez não sabem o
que isso é, talvez nunca a tiveram, talvez a tiveram um dia e a esqueceram ou
alguém a comprou.
Teresa
Moreira
Comentários
Enviar um comentário