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A mostrar mensagens de maio, 2017

Ética jornalística ou a falta dela

Quando se pensa em Queima do Porto pensa-se em exagero, em muita gente (a maioria alcoolizada), em concertos e em muita confusão. Bem, não é só na do Porto mas é esta que interessa para esta crónica. Pois bem, nesta última edição da Queima das Fitas do Porto, uma rapariga embriagada foi abusada por um rapaz também embriagado, num autocarro cheio de pessoas que se limitaram a filmar. Mais do que ter sido de madrugada, ou o local escolhido ter sido um sítio tão público como um autocarro, choca-me o facto de ninguém ter feito nada a não ser filmar o sucedido. Choca-me ainda mais o canal televisivo Correio da Manhã ter transmitido essas mesmas filmagens, como se a vítima, maior de idade, já não se sentisse exposta, humilhada e desrespeitada o suficiente. Estas filmagens foram também publicadas nas redes sociais do canal com a legenda “Vejam!”. Obviamente, as imagens foram retiradas da Internet após  vários comentários negativos dizendo que não concordavam com a publicação das mesmas.

Afinal onde andam agora todos os Críticos de Salvador Sobral?

Logo após a grande vitória de Salvador Sobral, procurei, voltei a procurar e, quase já sem interesse procurei, mais uma vez, escusado, pois já sabia que ao contrário do que era feito, até à data, não encontrava nenhuma crítica ao Sobral nem ao seu tema. Desde esse sábado que não vejo ninguém criticar o Salvador, antes pelo contrário, ouço apenas “gritos de glória”, pois apesar de os ventos não soprarem a seu favor este levou a bom porto a sua missão e conseguiu assim contra tudo e todos um feito histórico, não só para Portugal como também para todo o espectáculo da Eurovisão. Ganhou e ganhou muito bem, uma vez que sem se deixar arrastar por “modinhas” ou até mesmo se deixar afectar por problemas de saúde que afectam a vida do mesmo, cantou um tema que tocou qualquer um, fosse chinês, russo, italiano, bem fosse o que fosse, a verdade é que o mesmo com a sua simples forma de ser e de actuar, cantou e encantou todo o mundo mesmo aqueles que não percebiam nada do que ele dizia.

Salvador Sobral

Ontem, dia 13 de Maio de 2017, algo histórico aconteceu no nosso país: Salvador Sobral ganhou o Festival Eurovisão. Portugal participa desde 1964 e, pela primeira vez, é o grande vencedor. Salvador Sobral é o jovem de 27 anos que levou Portugal à final e conseguiu vencer com o tema “Amar pelos Dois”, escrito pela sua irmã, Luísa Sobral. Poucos foram os concorrentes que cantaram na sua língua materna e podemos dizer, com orgulho, que Salvador foi um deles. Para aqueles que pensam que isso é um entrave num concurso tão importante como este ou em outro qualquer, esta vitória prova o contrário. Salvador Sobral provou que são as coisas mais simples, mas sentidas, que se destacam. Não foi preciso um palco enorme, mil bailarinos, adereços excessivos ou cenários que nos distraem do que realmente importa: a música. A ele basta-lhe um microfone e um público disposto a ouvir a sua mensagem. Salvador mostrou que, através da sua música, consegue transmitir o que quiser, mesmo que a maioria das

Salvador, um orgulho nacional!

13 de Maio de 2017. Um dia que irá ficar para a história de Portugal. Não  só  pelo Papa Francisco  ter vindo a terras lusitanas   assinalar o ce ntenário das Aparições de Nossa  Senhora de Fátima, ou pelo  Benfica ter sido tetracampeã o de futebol, mas também  pelo Salvador Sobral, de apenas 27 anos,  ter ganho, pela primeira vez (em 56 anos) , o  Eurovision  Song  Contest  (Festival Eurovisão da Canção).   E o que mais ficou marcado na participação deste ano  foi o facto do int é rprete ter transmitido a mensagem da canção através da sua simples  voz .   E mbora a música tivesse sido apresentada em português e os restantes países não entende ssem  a letra da canção,   Salvador não necessitou   de  uma coreografia ou  de  um cenário exuberante  para se destacar.  Se a música tivesse sido traduzida e apresentada em inglês , como a maioria dos países o fizeram, teria o mesmo impacto junto do público? No meu ver, não teria. Até porque para o público sentir a música, é precis